sexta-feira, 19 de março de 2010

SÃO JOSÉ, ROGAI PELOS VOCACIONADOS

ENCONTRO VOCACIONAL DIOCESANO

20 e 21 de março no Seminário Maior Diocesano Sagrado Coração de Jesus da Diocese de São José do Rio Preto, ENCONTRO VOCACIONAL DIOCESANO. 
Pedimos oraçoes pelos nossos encontristas (vocacionados)
Obrigado!!!

Pastoral Vocacional Diocesana

quarta-feira, 17 de março de 2010

O SACERDOTE

sacerdocio.....


O sacerdócio é grande,
porque participa da grandeza da ternura de Deus
para com a humanidade.
E por isso, o Senhor avisa: “a seara é grande, os operários são poucos.
Rogai ao Senhor da Messe que envie operários”,
porque o sacerdócio não se pode escolher
como uma profissão qualquer.
Deriva da contemplação de Cristo,
ternura encarnada de Deus.
E só quem se deixa tocar
por esta ternura no íntimo do seu coração,
pode, de facto, responder ao chamamento,
fazer-se apóstolo e servo desta ternura.

VOCAÇÃO

Padre!
Ser Padre é uma aventura gostosa
Viver entre espinhos e rosas
Sem nunca reclamar
Sua missão é viver contente
Aos males é resistente
Pronto a nos ajudar
Padre é aquele que perdoa
Que partilha os Sacramentos
Que anuncia a Boa-Nova
Que da massa é o fermento
Que denuncia as injustiças
Homem cheio de talento
Ser Padre é estar a serviço dos outros
Sem se preocupar com o tempo
Ser Padre é partilhar O pão que é Jesus
Alimenta com a palavra
Mostrando esta luz
Que o amor está presente
Não morreu naquela cruz
Padre não caiu do céu
Também não nasceu de um ovo
Surge com muitas orações
Nasce do meio do povo
Vem de nossas famílias
Em Jesus um homem novo
Padre, pessoa de Deus
Porta voz de Jesus Cristo
Luta por todos os seus
Mesmo sem nunca ser visto
Homem de grande valor
Parabéns por tudo isto

Ser Padre: É ser alegre e otimista
É ser sal e luz
É ajudar o irmão
É sentir o peso da cruz
É ser filho de Deus
É ser irmão de Jesus... ╬

terça-feira, 16 de março de 2010

QUAL O SEU CHAMADO?

http://www.youtube.com/watch?v=J0mS_Luel4g

VIDEO VOCACIONAL

http://www.youtube.com/watch?v=jgVy9kTXpqw

PAPA FAZ CONVITE A JOVENS: CONSIDERAR A VOCAÇÃO

As Jornadas Mundiais da Juventude são uma "iniciativa profética" de João Paulo II
Bento XVI convida os jovens a colocar-se à escuta de Deus para descobrir qual é o plano pensado por Ele para as suas vidas, na Mensagem para a Jornada Mundial da Juventude (JMJ) deste ano, divulgada hoje.
A JMJ de 2010, cujo tema é "Bom Mestre, o que devo fazer para alcançar a vida eterna?", supõe um acontecimento especial, afirma o Papa, ao cumprir-se o 25º aniversário da instituição destes encontros pelo Papa João Paulo II.

O Pontífice afirma que a iniciativa do seu predecessor foi "profética", sublinhando que "trouxe frutos abundantes, permitindo às novas gerações cristãs encontrarem-se, entrarem em atitude de escuta da Palavra de Deus, de descobrir a beleza da Igreja e de viver experiências fortes de fé que levaram muitos à decisão de entregar-se totalmente a Cristo".

O lema da JMJ deste ano se refere ao episódio do encontro de Jesus com o jovem rico, tema já abordado por João Paulo II em 1985, em sua primeira carta dirigida aos jovens.

Projeto de vida
No jovem do Evangelho, explica Bento XVI, "podemos ver uma condição muito similar à de cada um de vós".
"Também vós sois ricos de qualidade, de energias, de sonhos, de esperanças: recursos que vós possuís em abundância! - escreve o Papa. A vossa própria idade é uma grande riqueza, não somente para vós, mas também para os outros, para a Igreja e para o mundo."

"A etapa da vida em que estais imersos é tempo de descoberta: dos dons que Deus vos deu e das vossas responsabilidades", recorda, acrescentando que é também "tempo de escolhas fundamentais para construir vosso projeto de vida".

"É o momento, portanto, de interrogar-vos sobre o autêntico sentido da existência e de perguntar-vos: 'Estou satisfeito com minha vida? Está faltando alguma coisa?'."

O Papa reconhece que os jovens, como aquele do Evangelho, talvez vivam "situações de instabilidade, de turbação ou de sofrimento", que os levam a "aspirar a uma vida que não seja medíocre" e a perguntar-se "em que consiste uma vida bem sucedida?" e "qual poderia ser o meu projeto de vida?", para que esta tenha "pleno valor e sentido".

"Não tenhais medo de enfrentar essas questões! - exorta. Longe de oprimir-vos, elas expressam as grandes aspirações que estão presentes em vosso coração."

"Portanto - acrescenta -, devem ser ouvidas. Elas aguardam respostas que não sejam superficiais, mas capazes de atender às vossas autênticas expectativas de vida e de felicidade".

"Para descobrir o projeto de vida que pode tornar-vos plenamente felizes, colocai-vos à escuta de Deus, que tem um plano de amor por cada um de vós", aconselha o Papa.

"Com confiança, perguntai-lhe: 'Senhor, qual é o vosso plano de Criador e Pai sobre a minha vida? Qual é a vossa vontade? Eu desejo realizá-la'. Tende certeza de que Ele vos responderá. Não tenhais medo da sua resposta!"

Acolher a vocação
Por ocasião do Ano Sacerdotal, o Pontífice dedicou um pensamento especial àqueles que sentem o chamado à vida consagrada.

Neste sentido, convidou os jovens a estarem "atentos se o Senhor convida para um dom maior, na via do sacerdócio ministerial, e a permanecer disponíveis para acolher com generosidade e entusiasmo este sinal de especial predileção, traçando, com a ajuda de um sacerdote, do diretor espiritual, o necessário caminho de discernimento".

A vocação cristã "brota de uma resposta de amor do Senhor e só pode se realizar graças a uma resposta de amor", sublinha o Papa.

"Não tenhais medo, então, queridos jovens e queridas jovens, se o Senhor vos chama à vida religiosa, monástica, missionária ou de especial consagração: Ele sabe doar profunda alegria àqueles que respondem com coragem!"

Da mesma forma, convidou os que sentem o chamado ao matrimônio a "acolhê-lo com fé, empenhando-se em colocar uma base sólida para viver um amor grande, fiel e aberto ao dom da vida, que é riqueza e graça para a sociedade e para a Igreja".

Em todos estes casos, trata-se de responder ao projeto que Deus tem para cada um. "A exemplo de muitos discípulos de Cristo, também vós, queridos amigos, acolhei com alegria o convite para o discipulado, para viver intensamente e de modo frutífero neste mundo", conclui o Papa.

"Nunca é tarde demais para responder-lhe!"

Fonte: http://www.bispado.org.br/

domingo, 14 de março de 2010

VOCAÇÃO

Nem todos têm vocação à vida consagrada.
Deus chama aos que Ele quer.
Pois bem, para ser sacerdote, religioso/a, ou consagrado/a, requerem-se algumas qualidades específicas. Assim como, se você quer ser piloto precisa ter a vista perfeita, certa altura e capacidade intelectual, da mesma forma para ser sacerdote você precisa ter certas qualidades.

As qualidades.

Se Deus te chama, Ele te dará as qualidades necessárias para ser sacerdote. Agora, você precisa saber se tem essas qualidades.
Por isso, converse com um sacerdote orientador vocacional e ele, depois de um período de seguimento e discernimento, vai te ajudar para ver se na realidade você possui essas qualidades.


segunda-feira, 8 de março de 2010

VOCAÇÃO SACERDOTAL

'O VOCACIONADO É CHAMADO A VIVER O SER CRISTÃO DE FORMA RADICAL,
COMO MINISTRO ORDENADO'

VOCAÇÃO SACERDOTAL

O Sacerdote elementar

O sacerdote elementar é o presbítero do bom senso, teologicamente perspicaz, bem informado e inteiro; livre no acolhimento de sua vocação e no seguimento de Jesus Messias; contemporâneo com o povo que carrega um fardo pesado e com todos que buscam um sentido na vida; traz consigo uma eclesiologia da missão que o faz ir ao encontro das pessoas. É o presbítero que fundamenta sua relação e vivência com o povo no seu encontro pessoal com Cristo missionário. É o homem de vivência eucarística e de comunhão eclesial, que entrega sua vida, sobretudo aos pobres e oprimidos, sabendo que só Deus basta, vivenciando, assim, o primado da graça.

fonte: Carta 13º ENP

domingo, 7 de março de 2010

O QUE É A VOCAÇÃO?

A vocação ao sacerdócio é:

- Um mistério de amor entre Deus que, por amor, chama ao homem que, também por amor, lhe responde livremente.
- Um chamado para ser a ponte entre Deus e os homens.
- Um chamado a continuar no mundo e salvá-lo, mas não ser mais do mundo.
- A decisão de um jovem que quer dedicar a vida para ajudar aos irmãos a salvarem suas almas e a tornar este mundo mais conforme com o que Deus pensou.

A vocação ao sacerdócio não é:- Um sentimento: costuma-se dizer ´eu sinto a vocação´. Na verdade a vocação não se sente. É, antes, uma certeza interior que nasce da graça de Deus que me toca a alma e que me pede uma resposta livre. Caso Deus chame, a certeza irá crescendo na medida em que a sua resposta for mais generosa.
- Um destino irrevogável, iniludível: Muitos acreditam que quem tem a vocação vai porque vai. Não! A vocação é um mistério de amor e o amor é livre. Se eu não respondo com generosidade, o chamado de Deus fica frustrado.
- Um refúgio para quem tem medo da vida.
- Uma carreira como qualquer outra. Não! É uma história de amor.
- Uma segurança matemática. Na verdade, na vocação sacerdotal você tem que aceitar o risco do amor, mas lembre-se: é um risco nas mãos de Deus.

fonte: net

VIDEO VOCACIONAL

http://www.youtube.com/watch?v=BUrcIlk58h0

VIDEO VOCACIONAL

http://www.youtube.com/watch?v=KiyQqeTgkBc

VIDEO VOCACIONAL

http://www.youtube.com/watch?v=iMv0zvDvjAk

VIDEO VOCACIONAL

http://www.youtube.com/watch?v=tqCVRTPzVF0

VIDEO VOCACIONAL

http://www.youtube.com/watch?v=XsjFULSTvOo

VIDEO VOCACIONAL

http://www.youtube.com/watch?v=7hZuTsAxJcc

sábado, 6 de março de 2010

VOCAÇÃO

Vocação Sacerdotal,
um Chamado de Deus


Eu considero que a primeira reflexão deve ser sobre o caráter estritamente sobrenatural do chamado de Deus: foi Ele quem tomou a iniciativa sobre o novo rumo que as vidas dos vocacionados tomarão. Porque não são os vocacionados que escolheram a Cristo, mas sim foi Cristo quem, de uma maneira especial, escolheu-os para que vão por todo o mundo e levem frutos de santificação e de autêntica vivência cristã, e para que todos os frutos permaneçam como um sinal clarividente da intervenção divina (Cf. Jo 15,16).
A vocação sacerdotal e consagrada se apresenta por isso como uma eleição providente de Deus, profundamente gratuita, imprevista e desproporcionada a nossos cálculos e possibilidades humanas.

A vocação sacerdotal é o maior presente que Deus pode depositar nas almas. Do mesmo modo que chamou Pedro, são Tiago, João... e foi-lhes dizendo: 'Vem e segue-me', um dia Cristo fixou seu olhar em um jovem e disse: 'N., N.,N.,... vem, que eu te farei pescador de homens'. Ninguém respondeu ao sacerdócio por ação humana, mas porque o próprio Cristo no interior de suas almas pronunciou seu nome e os convidou a segui-lo. É um convite a grandes coisas: o que é melhor que ser embaixador do próprio Deus?

Cristo tem necessidade de cada um dos sacerdotes, como teve de Pedro, de São Tiago e de São João. Os sacerdotes são as mãos, os pés, os olhos, a mente, o coração de Jesus Cristo; são os canais e os meios pelos quais Ele vai comunicar-se à humanidade.

Que honra! Que doce o peso que Ele coloca sobre ombros de cada sacerdote: é o peso imponderável da Redenção, na qual se contém a felicidade pessoal e eterna de cada homem.

Chamado que respeita a Liberdade
Deus respeita em sua integridade o homem e quando chama uma alma a seu serviço, em seu solene poder, nem a violenta, nem a intoxica, mas, com a paciência e amor que em sua revelação podemos contemplar em Jesus, deixa-a quase andar à deriva ou ao sabor das circunstâncias normais que trazem consigo esses processos e situações, e que em seus altos e baixos mal controlados poderiam inclusive determinar a decisão fundamental da alma e comprometer seu desígnio.

Há muitos jovens que Deus nosso Senhor preparou amorosamente desde toda a eternidade para que sejam sacerdotes; há muitos jovens que Deus chamou para serem sacerdotes; mas nem todos correspondem ao chamado de Deus, porque o chamado de Deus não implica o esmagamento da liberdade da pessoa humana; Deus sempre deixa a liberdade de seguí-lo ou não segui-lo. Cada jovem chamado ao sacerdócio é livre, absolutamente livre; cada um deles pode responder a Deus: sim ou não.

Chamado que exige uma resposta pessoal
Deus chama a cada jovem ao sacerdócio para que ele responda; chama a cada um, como pessoa. E a resposta a Deus é uma resposta pessoal. Nunca posso me escusar na falta de generosidade dos outros para justificar minhas atitudes. No caso de que os demais não viverem o cristianismo, de não se entregaram com entusiasmo ao trabalho apostólico, eu não tenho nenhum motivo para ficar atrás... Já dizia a Bíblia: 'Ainda que caiam dez mil à tua direita e dez mil à tua esquerda, tu segue adiante'.

Chamado que implica Santidade
A missão de cada sacerdote é clara e precisa: a santidade urgente! Temos por vocação que nos esforçar para adquirir a consciência de que hoje e amanhã ensinaremos nossos irmãos como ser santos. Alter Christus (Outro Cristo): glorificador do Pai e salvador de almas.

Pe. Alexandre Paciolli, LC


fonte: net

VOCAÇÃO SACERDOTAL

O sacerdócio não é uma «profissão», mas uma «vocação»

O Santo padre abordou os desafios e tentações que um sacerdote experimenta neste início de milênio ao encontrar-se com bispos filipinos das províncias de Cáceres, Capiz, Cebu, Jaro e Palo, a quem recebeu por ocasião de sua qüinqüenal visita «ad limina apostolorum» no Vaticano.
«O clero de hoje tem de estar atento a não adotar a visão secularizada do sacerdócio como uma “profissão”, uma “carreira” ou um meio para ganhar a vida», afirmou o Santo Padre.
«Mas, o clero deve ver o sacerdócio como uma vocação à entrega de si mesmo, ao serviço de amor, abraçando com entusiasmo o amado dom do celibato e tudo o que implica», assegurou.
Por este motivo, explicou o bispo de Roma, «o celibato deve ser visto como uma parte integral da vida interior e exterior do sacerdote, e não simplesmente como um antigo ideal que deve ser respeitado».
«Infelizmente, o estilo de vida de alguns clérigos se converteu em uma contradição com o espírito dos conselhos evangélicos, que deveria formar parte da espiritualidade de cada sacerdote», constatou.
«O comportamento escandaloso de uns poucos sacerdotes minou a credibilidade de muitos --acrescentou--. Quisera fazê-los saber que sou consciente da maneira com a qual enfrentastes esta questão, e vos alento a não perder a esperança».
«Ser autênticos discípulos clama ao amor, à compaixão, mas ao mesmo tempo à estrita disciplina para servir ao bem-comum. Sede sempre justos e sempre misericordiosos», recomendou o Santo Padre aos bispos filipinos.
Para que a Igreja conte com sacerdotes conscientes de sua missão, pediu aos prelados prestar particular atenção, em primeiro lugar, à seleção dos candidatos ao sacerdócio.
«Uma vez que um candidato é selecionado, começa o processo para prepará-lo para ser um sacerdote bom e santo», acrescentou.
Para alcançar este objetivo, são necessários quatro «diferentes níveis de formação», ilustrou.
Em primeiro lugar, «formação humana, que ajuda o candidato a viver e interiorizar as virtudes sacerdotais, especialmente a simplicidade, a castidade, a prudência, a paciência e a obediência».
Em segundo lugar, declarou, os futuros sacerdotes necessitam de «formação intelectual, que sublinha e aprofunda no estudo da filosofia e da teologia, mantendo sempre a fidelidade aos ensinamentos do Magistério» da Igreja;
Em terceiro lugar, os superiores dos seminaristas devem oferecer «formação pastoral, que capacita o candidato a aplicar os princípios teológicos à praxis pastoral».
Por último, o Papa constatou a «formação espiritual» «que destaca a necessidade essencial de uma celebração regular dos sacramentos, especialmente do sacramento da Penitência, assim como a oração privada e devocional, e os freqüentes encontros com o diretor espiritual».
Deste modo, concluiu, se podem formar «ministros que lutem alegremente por serem fiéis ao Senhor e por servir a seu rebanho».

sexta-feira, 5 de março de 2010

MENSAGEM DO PAPA

MENSAGEM DO SANTO PADRE para o
47º DIA MUNDIAL DE ORAÇÃO PELAS VOCAÇÕES


Tema: “O testemunho suscita vocações”
Veneráveis Irmãos no Episcopado e no Sacerdócio, caros irmãos e irmãs!

O 47º Dia Mundial de Oração pelas Vocações, que se celebra no 4º Domingo da Páscoa – Domingo do “Bom Pastor” –, em 25 de abril de 2010, oferece-me a oportunidade de propor à vossa reflexão um tema que está em comunhão com o Ano Sacerdotal: O testemunho suscita vocações. A fecundidade da proposta vocacional, de fato, depende em primeiro lugar da ação gratuita de Deus, mas, de acordo com a experiência pastoral, é favorecida também pela qualidade e riqueza do testemunho pessoal e comunitário de todos quantos já responderam ao chamado do Senhor no ministério sacerdotal e na vida consagrada. Pois o seu testemunho pode suscitar em outros o desejo de corresponder, por sua vez, com generosidade, ao apelo de Cristo. O tema está, assim, muito ligado à vida e missão dos sacerdotes e dos consagrados. Portanto, desejo convidar todos aqueles que o Senhor chamou para trabalhar na sua vinha a renovarem sua fiel resposta, sobretudo neste Ano Sacerdotal, o qual foi proclamado por ocasião dos 150 anos de falecimento de São João Maria Vianney, o Cura D’Ars, modelo sempre atual de presbítero e pároco.

Já no Antigo Testamento os profetas tinham consciência de que eram chamados a testemunhar aquilo que anunciavam, dispostos a enfrentar também as incompreensões, as rejeições e perseguições. A tarefa confiada a eles por Deus os envolvia completamente, como um “fogo ardente” no coração, que não se pode aguentar (cf. Jr 20,9), e, por isso, estavam prontos a entregar ao Senhor não somente a voz, mas cada aspecto de suas vidas. Na plenitude dos tempos, será Jesus, o enviado do Pai (cf. Jo 5,36), a testemunhar com sua missão o amor de Deus à humanidade, sem distinção, com especial atenção aos últimos, aos pecadores, aos marginalizados, aos pobres. Ele é o supremo Testemunho de Deus e de seu desejo de salvação. Na aurora dos novos tempos, João Batista, com uma vida inteiramente dedicada a preparar o caminho de Cristo, testemunha que no Filho de Maria de Nazaré cumprem-se as promessas de Deus. Quando vê Jesus vindo ao rio Jordão, onde estava batizando, indica-o aos seus discípulos como “o cordeiro de Deus, aquele que tira o pecado do mundo” (Jo 1,29). O seu testemunho é tão fecundo que dois de seus discípulos, ouvindo falar assim, “passaram a seguir Jesus” (Jo 1,37).

Também a vocação de Pedro, como escreve o evangelista João, passa pelo testemunho do irmão, André, o qual, após ter encontrado o Mestre e ter respondido ao seu convite de permanecer com Ele, sente a necessidade de logo lhe dizer aquilo que descobriu no seu “habitar” com o Senhor: “Encontramos o Cristo! – que quer dizer Messias. Então, conduziu-o até Jesus” (Jo 1,41-42). Assim aconteceu com Natanael – Bartolomeu –, graças ao testemunho de um outro discípulo, Filipe, que o comunica com alegria sua grande descoberta: “Encontramos Jesus, o filho de José, de Nazaré, aquele sobre quem escreveram Moisés, na Lei, bem como os Profetas” (Jo 1,45). A iniciativa livre e gratuita de Deus encontra e interpela a responsabilidade humana de quantos acolhem o seu convite a se tornarem instrumentos, com o próprio testemunho, do chamado divino. Isto acontece ainda hoje na Igreja: Deus usa o testemunho dos sacerdotes, fiéis à sua missão, para suscitar novas vocações sacerdotais e religiosas a serviço de Seu Povo. Por esta razão gostaria de destacar três aspectos da vida do presbítero, que parecem ser essenciais para um eficaz testemunho sacerdotal.

Elemento fundamental e reconhecível de toda vocação ao sacerdócio e à consagração é a amizade com Cristo. Jesus vivia em constante união com o Pai, e é isto que suscitava nos discípulos o desejo de viver a mesma experiência, aprendendo com Ele a comunhão e o diálogo incessante com Deus. Se o sacerdote é o “homem de Deus”, que pertence a Deus e ajuda a torná-lo conhecido e ser amado, não pode deixar de cultivar uma profunda intimidade com Ele, permanecer no seu amor, escutando sua Palavra. A oração é o primeiro testemunho que suscita vocações. Como o apóstolo André, que comunica ao irmão ter conhecido o Mestre, igualmente quem deseja ser discípulo e testemunha de Cristo deve tê-lo “visto” pessoalmente, deve tê-lo conhecido, deve ter aprendido a amá-lo e a estar com Ele.

Outro aspecto da consagração sacerdotal e da vida religiosa é o dom total de si a Deus. Escreve o apóstolo João: “Nisto sabemos o que é o amor: Jesus deu a vida por nós. Portanto, também nós devemos dar a vida pelos irmãos” (1Jo 3,16). Com estas palavras, ele convida os discípulos a entrar na mesma lógica de Jesus que, ao longo de sua existência, cumpriu a vontade do Pai até a doação total de si sobre a cruz. Manifesta-se aqui a misericórdia de Deus em toda sua plenitude; amor misericordioso que venceu as trevas do mal, do pecado e da morte. A imagem de Jesus, que na Última Ceia levanta-se da mesa, retira o manto, pega uma toalha, amarra-a na cintura e se inclina para lavar os pés dos Apóstolos, exprime o sentido do serviço e do dom manifestados em sua vida, obediente à vontade do Pai (cf. Jo 13,3-15). No seguimento de Jesus, todo chamado à vida de especial consagração deve esforçar-se para testemunhar o dom total de si a Deus. Em seguida, nasce a capacidade de doação aos que a Providência lhe confia no ministério pastoral, com dedicação plena, contínua e fiel, e com a alegria de se tornar companheiro de viagem de tantos irmãos, para que se abram ao encontro com Cristo e sua Palavra torne-se luz para o seu caminho. A história de toda vocação está interligada, quase sempre, com o testemunho de um sacerdote que vive com alegria o dom de si mesmo aos irmãos pelo Reino dos Céus. Isto porque a proximidade e a palavra de um padre são capazes de fazer despertar interrogações e de conduzir mesmo a decisões definitivas (cf. João Paulo II, Exortação Apostólica Pós-sinodal Pastores dabo vobis, 39).

Enfim, um terceiro aspecto que não pode faltar ao caracterizar o sacerdote e a pessoa consagrada é o viver a comunhão. Jesus indicou como sinal, distintivo de quem deseja ser seu discípulo, a profunda comunhão no amor: “Nisto conhecerão todos que sois os meus discípulos: se vos amardes uns aos outros” (Jo 13,35). Em particular, o sacerdote deve ser um homem de comunhão, aberto a todos, capaz de fazer caminhar unido o rebanho inteiro que a bondade do Senhor lhe confiou, ajudando a superar as divisões, a enxugar lágrimas, a resolver divergências e incompreensões, a perdoar as ofensas. Em julho de 2005, num encontro com o Clero de Aosta, afirmei que se os jovens vêem os sacerdotes isolados e tristes, certamente não se sentem encorajados a seguir o exemplo. Continuarão duvidosos se são levados a considerar que este é o futuro de um padre. No entanto, é importante realizar a comunhão de vida, mostrando-lhes a beleza de ser sacerdote. Então, o jovem dirá: “este pode ser um futuro também para mim, assim se pode viver” (Insegnamenti I, [2005], 354). O Concílio Vaticano II, referindo-se ao testemunho que suscita vocações, destaca o exemplo da caridade e da fraterna colaboração que devem oferecer os sacerdotes (cf. Decreto Optatam totius, 2).

Alegra-me recordar o que escreveu meu venerado Predecessor, João Paulo II: “A própria vida dos padres, a sua dedicação incondicional ao rebanho de Deus, o seu testemunho de amoroso serviço ao Senhor e à sua Igreja – testemunho assinalado pela opção da cruz acolhida na esperança e na alegria pascal –, a sua concórdia fraterna e o seu zelo pela evangelização do mundo são o primeiro e mais persuasivo fator de fecundidade vocacional” (Pastores dabo vobis, 41). Poderíamos afirmar que as vocações sacerdotais nascem do contato com os sacerdotes, quase como uma herança preciosa comunicada com a palavra, o exemplo e toda a existência.

Isto também se aplica à vida consagrada. O próprio existir dos religiosos e das religiosas fala do amor de Cristo, quando esses o seguem em plena fidelidade ao Evangelho e com alegria assumem os critérios de valor e comportamento. Tornam-se “sinais de contradição” para o mundo, cuja lógica, muitas vezes, é inspirada no materialismo, no egoísmo e no individualismo. Sua fidelidade e a força de seu testemunho, porque se deixam conquistar por Deus renunciando a si mesmos, continuam a suscitar em muitos jovens o desejo de seguir, por sua vez, Cristo para sempre, de modo generoso e completo. Imitar Cristo casto, pobre e obediente, e se identificar com Ele: eis o ideal da vida consagrada, testemunho do primado absoluto de Deus na vida e na história da humanidade.

Cada presbítero, cada consagrado e consagrada, fiéis à sua vocação, transmitem a alegria de servir a Cristo, e convidam todos os cristãos a responder ao universal chamado à santidade. Portanto, para promover as vocações específicas ao ministério sacerdotal e à vida consagrada, para tornar mais forte e eficaz o anúncio vocacional, é indispensável o exemplo daqueles que já disseram o próprio “sim” a Deus e ao projeto de vida que Ele tem para cada um. O testemunho pessoal, feito de escolhas concretas e de vida, encorajará os jovens a tomar decisões responsáveis, por sua vez, investindo o próprio futuro. Para ajudá-los é necessário a arte do encontro e do diálogo, capaz de iluminá-los e acompanhá-los, através sobretudo do exemplo de vida, vivida como vocação. Assim fez o Santo Cura D’Ars, o qual, sempre em contato com os seus paroquianos, “ensinava sobretudo com o testemunho da vida. Pelo seu exemplo, os fiéis aprendiam a rezar” (Carta de Proclamação do Ano Sacerdotal, 16/06/2009).

Que este Dia Mundial possa ser, mais uma vez, uma preciosa ocasião a muitos jovens para refletir sobre a própria vocação, respondendo com simplicitade, confiança e plena disponibilidade. A Virgem Maria, Mãe da Igreja, guarde cada pequena semente de vocação no coração daqueles que o Senhor chama a segui-lo mais de perto; faça com que se torne uma árvore viçosa, carregada de frutos para o bem da Igreja e de toda a humanidade. Para isto eu rezo, enquanto concedo a todos a Bênção Apostólica.

Do Vaticano, 13 de novembro de 2009.

quinta-feira, 4 de março de 2010

O QUE É PASTORAL VOCACIONAL

É um trabalho pastoral da Igreja que visa despertar os cristãos para a vocação humana, cristã e eclesial, discernir os sinais indicadores do chamado de Deus, cultivar os germes de vocação e acompanhar o processo de opção vocacional consciente e livre (cf. DBFP, nº 27).

Introdução. Vamos seguir um esquema de oito critérios que estruturam a pastoral vocacional, partindo do conceito de vocação, passando pelas consequências deste conceito, terminando no que entendemos por Pastoral Vocacional. Acentuamos a questão da mediação eclesial pois julgamos essencial para a estruturação da PV. Aliás, a mediação, quer seja eclesial, quer seja na base do testemunho dos agentes, é ponto fundamental para a eficácia da PV.

Ainda propomos algumas pistas para a implantação da PV numa diocese e uma breve reflexão sobre a PV e as Diretrizes Gerais da Ação Evangelizadora da Igreja no Brasil. Como acreditamos que a verdadeira PV desperta o cristão não só para os ministérios ordenados (epíscopo, presbítero e diácono), concluímos propondo algumas anotações sobre os ministérios na Igreja.

Na linha do conceito de vocação

Primeiro critério: "Fundamentalmente, a vocação cristã é um chamado do Pai à salvação, por meio do seguimento e da identificação com Jesus Cristo, dentro de um povo. A esta vocação o cristão deve responder com uma opção concreta na Igreja e a serviço dela, tanto do ponto de vista ministerial, quanto carismático, nos diversos estilos de vida".

Segundo critério: "A vocação como chamado/opção se identifica com a dinâmica da fé. Com efeito, a fé como diálogo supõe um processo onde a palavra salvífica de Deus, feito pessoa redentora em Cristo, através de acontecimentos históricos, que culminam na Páscoa e no Espírito de Pentecostes desperta o homem e a mulher para uma opção progressiva por Cristo para chegar ao Pai no Espírito Santo. Esta opção vai desde a conversão ( cf. Ad gentes 13 - adesão ao Senhor), passando pela vivência profunda da prática cristã e dos sacramentos (cf. Ad gentes 14 - catecumenato), até à opção apostólica cristã, expressa nos ministérios e carismas diversos a serviço da Igreja (Ad gentes 15 - vários ministérios). Assim, ainda que vocação seja todo o processo de chamado/opção - a partir da conversão até a opção por um estilo de vida- consideramos que o processo vocacional propriamente dito começa na opção apostólica e se realiza num estilo de vida concreto dentro da Igreja".

Na linha das consequências
Terceiro critério: "O cristão somente escutará este chamado através e dentro da comunidade cristã (cf. LG nº 9 - salvação através de um povo). E só chegará à opção, por um estilo de vida dentro da Igreja, se esta comunidade for abertamente apostólica e eucarística. Porém, esta comunidade deve possuir uma vivência espaço-temporal concreta, e por isso sublinhamos a estreita união que existe entre opção vocacional por estilos de vida e comunidade de fé, como grupos humanos apostólicos e concretos, que se reúnem para rezar, ouvir a palavra de Deus, celebrar a Eucaristia e assumir os compromissos decorrentes desta vivência de fé.

Quarto critério: "Mesmo suposta a influência da comunidade, a opção vocacional é um ato eminentemente pessoal e personalizante. Do ponto de vista do apelo, supõe o reconhecimento e a transcendência de Deus e uma experiência pessoal de Cristo que, apesar de se manifestar na comunidade, nela não se esgota mas a ultrapassa e que chama a um diálogo interpessoal no amor. Do ponto de vista da resposta, supõe uma maturidade tal na opção pessoal, que seja capaz de chegar a respostas cada vez mais comprometidas no amor até ‘o ficar comprometido’ e apto a se definir perante a Igreja e a sociedade, por opções - em si mesmas- definitivas".

Quinto critério: "É essencial, para a opção vocacional, a renovação das imagens da própria Igreja e das diversas vocações dentro dela. Sem estas imagens renovadas nossos jovens não encontrarão o caminho da opção. Ser uma imagem de vocação, que realiza a pessoa e a faça feliz. Ser uma imagem heróica, isto é, que lute por algo que valha a pena apostar a vida, sem esconder as dificuldades desta luta. Ser uma imagem encarnada em nossas realidades, de maneira que responda de forma positiva às necessidades de nossa sociedade ".

Sexto critério: "O ponto central da ação de toda a PV é aquele que parte da opção apostólica (inserção na comunidade, na variedade dos ministérios) até chegar à opção por um estilo de vida concreto dentro da Igreja. A vocação cristã supõe homens e mulheres, que já vivam um estilo de vida, escolhido livremente e com maturidade, homens e mulheres que estejam a caminho como convertidos e que se encontrem num processo de opção. Apesar de que este último não seja um estado de vida estável, mas um processo em vias de chegar à escolha de uma vocação particular, podemos chama-lo de ‘estado de opção’".

Na linha da Pastoral Vocacional
Sétimo critério: É um trabalho pastoral da Igreja que visa despertar os cristãos para a vocação humana, cristã e eclesial, discernir os sinais indicadores do chamado de Deus, cultivar os germes de vocação e acompanhar o processo de opção vocacional consciente e livre de tal modo que expresse seu serviço ministerial ou carismático para a Igreja, em qualquer dos estados de vida (cf. DBFP, nº 27). Esta ação pastoral a Igreja a exercerá renovando a sua própria imagem e de seus ministérios, acompanhando o vocacionado no seu processo de amadurecimento pela opção.

Oitavo critério: A Pastoral Vocacional assim entendida supõe uma Igreja:
1. Trinitária. "Consumada, pois, a obra que o Pai confiara ao Filho realizar na terra (cf. Jo 17,4), foi enviado o Espírito Santo no dia de Pentecostes a fim de santificar perenemente a Igreja para que assim os crentes pudessem aproximar-se do Pai por Cristo num mesmo Espírito (cf. Ef 2,18)" (LG 4);

2. Ministerial. " Não é apenas através dos sacramentos e dos ministérios que o Espírito Santo santifica e conduz o Povo de Deus e o orna de virtudes, mas, repartindo seus dons ‘a cada um como lhe apraz’ (1Cor 12,11), distribui entre os fiéis de qualquer classe graças especiais. Por ela os torna aptos e prontos a tomarem sobre si os vários trabalhos e ofícios, que contribuem para renovação e maior incremento da Igreja, segundo estas palavras: ‘A cada um é dada a manifestação do Espírito para utilidade comum’ (1Cor 12,7). Estes carismas, quer eminentes, quer mais simples e mais amplamente difundidos, devem ser recebidos com gratidão e consolação, pois que são perfeitamente acomodados e úteis às necessidades da Igreja" (LG 12);
3. Igualitária. "Um é pois o Povo eleito de Deus: ‘um só Senhor, uma só fé, um só batismo’ (Ef 4,5). Comum a dignidade dos membros pela regeneração em Cristo. Comum a graça de filhos. Comum a vocação à perfeição. Uma só a salvação, uma só a esperança e indivisa caridade. Não há, pois, em Cristo e na Igreja, nenhuma desigualdade em vista de raça ou nação, condição social ou sexual (cf. Gal, 3,28; Col 3,11). Se pois na Igreja nem todos seguem o mesmo caminho, todos, no entanto, são chamados à santidade e receberam a mesma fé pela justiça de Deus (cf. 2 Ped 1,1). E ainda que alguns por vontade de Cristo sejam constituídos mestres, dispensadores dos mistérios e pastores em benefício dos demais, reina, contudo, entre todos verdadeira igualdade quanto à dignidade e ação comum a todos os fiéis na edificação do Corpo de Cristo" (LG 32). Não confundir, porém, igualdade com igualitarismo. Entre o sacerdócio comum dos fiéis e o sacerdócio ministerial há uma diferença não de grau, mas de natureza. "Se a diferença fosse de grau, seria certamente contrária à igualdadefundamental de todos os cristãos, porque estariam no mesmo sacerdócio, porém, alguns em grau superior (‘mais’ sacerdotes) e os outros em grau inferior. Ao invés disso, sendo a diferença não de grau, mas de natureza, as relações não são de inferioridade e superioridade, mas são relações orgânicas (de funções), mais complexas".

4. Missionária. "A Igreja peregrina é por sua natureza missionária. Pois ela se origina da missão do Filho e da missão do Espírito Santo, segundo o desígnio de Deus Pai" (AG 2). Apta a responder sempre mais às exigências novas que a sociedade se lhe apresenta (cf. AG 6).

5. Inculturada. "Reconheçam-se (os missionários) como membros do corpo social em que vivem, e tomem parte na vida cultural e social através das várias relações e ocupações da vida humana. Familiarizem-se com suas tradições nacionais e religiosas. Com alegria e respeito descubram as sementes do Verbo aí ocultas" (AG 11).
6. Sinodal. "Desde os primórdios da Igreja, os Bispos, colocados à frente de Igrejas particulares, levados pela comunhão fraterna da caridade e pelos cuidados da missão universal confiada aos Apóstolos, uniram sua energias e suas vontades na promoção do bem tanto comum quanto de cada uma das Igrejas. Por esta razão constituíram-se Sínodos ou Concílios provinciais ou enfim Concílios plenários. Neles os Bispos estabeleceram, para as várias Igrejas, um teor comum a ser observado tanto no ensino das verdades de fé quanto na organização da disciplina eclesiástica. Deseja este Santo Sínodo Ecumênico que o venerável instituto dos Sínodos e Concílios seja revigorado" (CD 36). Este espírito de Igreja Sinodal, de comunhão e participação, se expressa claramente na Pastoral de Conjunto de uma Igreja Particular. A Pastoral de Conjunto não é uma caminho optativo: é a condição indispensável da ação eclesial; e tampouco ela pode surgir só da política do Bispo, tem que se ancorar na consciência de todos os membro da Igreja, perpassar toda a estrutura eclesial. Assim, somos incentivados a criar conselhos nos mais diversos níveis para que haja efetivamente participação de todos nas decisões e se promova a comunhão de pessoas e ideais (cf. DGAE, nºs 296 a 303).

7. Conclusão. Poderíamos elencar muitas outras notas sobre a Igreja sobretudo aquelas que lhe dão uma feição mais latinoamericana:
Igreja SAMARITANA - Diakonia
Tem compaixão e partilha com os pobres, consola os aflitos, alivia os sofredores, cura os doentes.
Encontra o Ressuscitado tocando as chagas dos irmãos.
Igreja CASAÛ COMUNIDADE - Koinonia
Acolhedora: diálogo Û encontro que humaniza. Intimas relações interpessoais Û comunhão responsáveis uns pelos outros. Igreja toda ministerial
Igreja SANTUÁRIO - Liturgia
Espaço para Deus Û Arca da Aliança. Ícone da Trindade Û A melhor comunidade
Escola de Oração na vida. Eucaristia: fonte e cume da Igreja
Igreja PROFECIA - Martyria
Denúncia: Injustiça Û opressão. Anúncio : Esperança Û Reino de Deus
Exigência: conversão e ação transformadora
Igreja MISSIONÁRIA - Kerigma/Diakonia
Discípula de Jesus e Peregrina. Evangelho Inculturado.

Policêntrica -- ecumênica
Aqui estão, sem dúvida, as bases para uma eclesiologia que favorece uma Pastoral Vocacional mais aberta. Toda a reflexão pós-conciliar caminha na mesma direção. Vocação missionária (Evangelii Nuntiandi), inserida no contexto latino-americano (Medellin), marcada pela opção pelos pobres (Puebla), inculturada e que leva em conta o protagonismo laical (Santo).

VOCAÇÃO

Seja para constituir família, viver exclusivamente para Deus ou para doar a vida por uma missão, todos os cristãos possuem uma vocação. Ela é o chamado do Pai, cuja finalidade é a realização plena da pessoa humana. É um gesto gracioso do Senhor que visa a plena humanização do homem. É dom, graça, eleição cuidadosa, visando a construção do Reino dos Céus. Para compreendermos em profundidade o significado dessa iniciativa divina, precisamos fazer a distinção entre: Vocação Fundamental e Vocação Específica.


Vocação Fundamental: Entendemos por vocação fundamental o chamado de cada pessoa à vida, a ser Filho de Deus, a ser cristão, a ser Igreja. É um chamado a desenvolvermos plenamente todas as nossas potencialidades. As vocações específicas derivam da vocação fundamental.
Vocação Específica: Entendemos por vocação específica a maneira própria de como cada pessoa realiza a sua vocação fundamental, como leigo, sacerdote ou religioso. As vocações específicas são três: laical, religiosa e sacerdotal.
 
Fonte: net.

segunda-feira, 1 de março de 2010

VOCAÇÃO

E é naturalmente interessante recordar o significado do termo vocação – VOCARE – que em sua origem latina, quer dizer chamado. Partindo desta recordação etimológica, nos dispomos caminhar em buscar de compreender a vocação que p Senhor plantou em cada terreno do coração humano.


No solo de cada história, Deus inegavelmente lançou ma vocação na condição de semente. Junto a Santo Agostinho, gosto de compreender que “Deus só nos pede aquilo que Ele próprio já nos deu. Tudo está nós sob a forma de dom.” Todavia, antes de cultivar os dons que nos deu, é preciso nutrir a certeza de que nossa primeira vocação é a SANTIDADE. Aliás, é ela o terreno por excelência que o Senhor reservou para cada semente vocacional, pois como atesta São Paulo, “Ele nos escolheu antes de toda criação do mundo, para sermos SANTOS e irrepreensíveis sob seu olhar, no Amor” (Ef 1, 4).

À medida que cuidamos do terreno da Santidade, aqueles dons escondidos nas sementes, começam em nós a manifestar-se e produzir os frutos da vocação que o Senhor nos guardou. A adequação desta relação é muito simples, pois Deus é simples em tudo aquilo que faz. Em hebraico, a palavra utilizada para expressar Santo – KADOSH – quer dizer literalmente, aquele que é separado, escolhido. No pensamento hebraico, quando se diz que uma pessoa é santa, não significa que ele é virtuosa, mas sim que ela é escolhida, eleita para manifestar uma maneira diferente de viver,de amar… É aqui , portanto, que a gênesis da primeira vocação humana!

Neste sentido, no horizonte do Cristianismo o terreno da nossa história foi eleito, escolhido e retirado lugar comum para ser SANTO, e deste modo ser consagrado e reservado a acolher os dons que o Senhor generosamente ali desejou lançar. Quando nos dispomos a cultivar este terreno, pouco a pouco descobrimos os dons semeados.. e o bonito é que os frutos são justamente os desdobramentos desta fascinante descoberta. Daí é que entendemos que cada Vocação é semente a ser cuidada no terreno da Santidade, pois, nutridas, o resultado é uma explosão de beleza, quer geram frutos de uma Juventude, Matrimônio, Sacerdócio, Vida Consagrada e Família, vocacionados por Deus a exercer o seu específico.

Do dom que vem de Deus sempre nasce uma responsabilidade humana.O dom nos exige uma resposta. É preciso reagir diante do que recebemos, e uma bonita reação como já dissemos, é o cultivo ao terreno. Desejemos com todo amor cumprir este imperativo, pois cada terreno tem uma semente que lhe cabe. Cuidando daquele primeiro, encontramos esta última. “Portanto, irmãos, cuidai cada vez mais em assegurar a nossa vocação e eleição. Pois, procedendo deste modo, jamais tropeçareis. E assim, vos será aberta largamente a entrada no Reino dos Céus” (II Pd 1, 10-11).
(Jeronimo Lauricio)

fonte: net