terça-feira, 15 de junho de 2010

VOCAÇÃO

SERÁ QUE EU TENHO VOCAÇÃO?
Essa pergunta, nos nossos dias, deixa a maioria dos jovens inquietos e contrariados. Há um outro modo de perguntar a mesma realidade, de fato o mais correto: a qual vocação Deus me chama? Essa é a nossa realidade, todos somos chamados a abraçar voluntariamente e com amor um estilo de vida proposto por Deus.

“O desejo de Deus é um sentimento inscrito no coração do homem, porque o homem foi criado por Deus e para Deus. Deus não cessa de atrair o homem para Si e só em Deus é que o homem encontra a verdade e a felicidade que procura sem descanso” (Catecismo da Igreja Católica, n¬o. 27). Verificamos que a vocação à qual Deus nos chama, desde o momento da nossa concepção até a nossa morte, é precisamente o encontro com a verdade e possessão da felicidade: Deus. Amar é a vocação de todos os homens desde o primeiro momento da criação (cf. At 17, 26-28). “Esse é o meu mandamento: que ameis uns aos outros assim como eu vos tenho amado” (Jo 15, 12). Esse mandato também faz parte do nosso chamado: amar os homens, nossos irmãos em Cristo, como Deus os ama. Agora, podemos resumir o significado da realidade que a palavra vocação expressa: amar a Deus e os homens, encontrar a verdade e ser felizes.

Se isso é vocação, então por que se fala dela somente no sentido de vida consagrada ou sacerdotal?

O uso comum da palavra vocação se refere ao seguimento específico da Vocação, ou seja, o modo em que seguimos o chamado da nossa existência. Daí, vêm os possíveis caminhos ou maneiras, ou seja, vocações, de seguir a Vocação (aquela mais ampla que referimos anteriormente): o sacerdócio, o matrimônio, a vida religiosa e consagrada e a vida de solteiro.

Após essa breve e simples exposição sobre em que consistem a Vocação e as vocações, uma dúvida não pode passar despercebida: como se discerne o caminho ou a maneira como Deus quer que eu O responda e O siga? Como discernir, com a minha vida atarefada e corrida, a vocação específica a que Deus me chama? A resposta é: oração. Mas por que a oração? Uma coisa tão chata? Tão seca? Não seria melhor pesquisar no google?

Deus é quem chama. Se Ele chama temos que escutá-Lo de alguma maneira. Como? Onde? “O homem anda a procura de Deus. Pela criação, Deus chama todos os seres do nada à existência”. “Mas é Deus que primeiro chama o homem”. “À medida que Deus Se revela e revela o homem a si mesmo, a oração surge como um apelo recíproco, um drama de aliança”. (Catecismo da Igreja Católica, 2566-2567). É na oração, onde nós encontramos o Deus que nos procura num apelo mútuo. Por um lado, fomos criados para amar e buscamos a melhor maneira de saciar este desejo. Por um outro lado, Deus quer nos saciar e espera que nós vamos até Ele na Eucaristia, nas orações organizadas na paróquia, num grupo de oração e, sobretudo no nosso dia-a-dia quando na nossa consciência, o recanto mais profundo da nossa intimidade, escutamos aquela voz: “Onde estás?” (Gn 3, 9) e respondemos: «Eis que venho, [...] ó Deus, para fazer a tua vontade» (Heb 10, 7).

Sem. Diogo Lacerda, LC
fonte: net

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