domingo, 19 de dezembro de 2010

VOCAÇÃO

Será que tenho?
Será que devo desistir?


Nesse pequeno artigo que começo a escrever, pretendo falar da vocação que o Ser Humano é chamado a viver, porém, vou dar atenção especial a vocação Religiosa e Sacerdotal, na qual acredito ter sido chamado por Deus.
É complicado descrever de que forma a vocação surge na vida do ser Humano, ela não tem hora nem data para aparecer e muitas vezes é difícil de se definir qual vocação nos foi confiada por Deus. Até hoje penso: será essa a minha verdadeira vocação? Será essa minha missão? Será que as dificuldades não vão me “engolir” na metade do caminho? São respostas que procuro diariamente, e confesso que às vezes acho, e tenho o conforto, todavia, às vezes não encontro essas respostas e não sei o caminho certo, me vejo em escuridão.

As respostas às perguntas acima, devemos procurar na fonte de nossa vocação, mas aonde esta essa fonte? Ou melhor, quem é essa fonte?
Bom, você certamente deve ter pensado em Deus, acertei? De fato Deus é essa fonte, eu diria mais, ele é o semeador da vocação em nossos corações, Ele é aquele que com todo o carinho planta a semente da vocação no coração de cada escolhido e escolhida para trabalhar para a causa do seu Reino. Mas é claro que essa semente não vai transformar-se em uma planta e nunca dará frutos se ela não for regada. Deus nós da um “regador” cheio d’ água, contudo cabe a nós despejar esta água sobre a semente, ou seja, a vocação não depende apenas da providencia Divina, mas sobre tudo depende de nossa boa vontade de cuidar dessa semente tão valiosa.

Nesse processo de cuidado com a vocação vem as “pragas”. Essas “pragas” são os momentos de duvida, os momentos de tristeza. São esses momentos que pensamos em desistir, de parar de seguir este caminho tão belo, está caminhada rumo ao Reino de Deus. Essas são as chamadas provações que estão sempre ao lado daquele que assume Deus como seu bem maior. A esses, a caminha nunca será fácil, sempre terá algum motivo que lhe leve a pensar na saída do seminário, ou no abandono de seus votos, e no caso dos sacerdotes, abandono do seu ministério.

Eu ainda na qualidade de seminarista, já vivi vários momentos de crise vocacional, diga-se de passagem, que uma delas me tirou uma vez do seminário, no qual entrei em 2007 e saí no mesmo ano. Hoje vivendo a carismas de São José Manyanet na Congregação Filhos da Sagrada Família Jesus Maria e José, sinto a fortaleza de ser acolhido nos braços maternos de Maria e estar na proteção paternal de José, porém, os momentos de crise sempre batem a porta, momentos que sou confortado pela Santa Virgem e pelo Santo carpinteiro, e é lógico, pelo nosso irmão e Senhor, Jesus.
A vocação é algo muito complicado. Certa vez em uma entrevista que concedi ao blog Oficial, disse que não a quem entenda a cabeça de um seminarista, e de fato, como alguém vai compreender a cabeça deste, se ele mesmo não consegue se achar? A vocação a vida religiosa tem seus altos de baixos, e nós chamados a essa vocação devemos lidar com os momentos de tormenta, mas como? É uma boa pergunta que sinceramente não sei responder, apenas me esforço para tentar supera-las. O método no qual eu aconselho é simples, mas eficaz: O poder da oração. A oração é a grande arma daquele que tem fé em Deus e em Cristo nosso Salvador. Mas em um lugar nós encontramos a força que reanima nossa vocação, eu gosto de chamar este local de “Manto da Mãe de Deus”. É aonde encontro forçar, e tenho certeza que deve haver um lugar para você neste Manto de amor. Faça a experiência, vale a pena.
Agora é continuar a caminhar para a vocação perdurar.
Que a Sagrada Família te ilumine, e não se esqueça que você não está sozinho, que a sua vocação esta sendo acompanhada de perto por alguém especial.

Cesar da Rocha Pires
Seminarista da Congregação Filhos da Sagrada Família Jesus Maria e José

Fonte: Net

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