sexta-feira, 31 de dezembro de 2010

domingo, 19 de dezembro de 2010

VOCAÇÃO

VOCAÇÃO

Será que tenho?
Será que devo desistir?


Nesse pequeno artigo que começo a escrever, pretendo falar da vocação que o Ser Humano é chamado a viver, porém, vou dar atenção especial a vocação Religiosa e Sacerdotal, na qual acredito ter sido chamado por Deus.
É complicado descrever de que forma a vocação surge na vida do ser Humano, ela não tem hora nem data para aparecer e muitas vezes é difícil de se definir qual vocação nos foi confiada por Deus. Até hoje penso: será essa a minha verdadeira vocação? Será essa minha missão? Será que as dificuldades não vão me “engolir” na metade do caminho? São respostas que procuro diariamente, e confesso que às vezes acho, e tenho o conforto, todavia, às vezes não encontro essas respostas e não sei o caminho certo, me vejo em escuridão.

As respostas às perguntas acima, devemos procurar na fonte de nossa vocação, mas aonde esta essa fonte? Ou melhor, quem é essa fonte?
Bom, você certamente deve ter pensado em Deus, acertei? De fato Deus é essa fonte, eu diria mais, ele é o semeador da vocação em nossos corações, Ele é aquele que com todo o carinho planta a semente da vocação no coração de cada escolhido e escolhida para trabalhar para a causa do seu Reino. Mas é claro que essa semente não vai transformar-se em uma planta e nunca dará frutos se ela não for regada. Deus nós da um “regador” cheio d’ água, contudo cabe a nós despejar esta água sobre a semente, ou seja, a vocação não depende apenas da providencia Divina, mas sobre tudo depende de nossa boa vontade de cuidar dessa semente tão valiosa.

Nesse processo de cuidado com a vocação vem as “pragas”. Essas “pragas” são os momentos de duvida, os momentos de tristeza. São esses momentos que pensamos em desistir, de parar de seguir este caminho tão belo, está caminhada rumo ao Reino de Deus. Essas são as chamadas provações que estão sempre ao lado daquele que assume Deus como seu bem maior. A esses, a caminha nunca será fácil, sempre terá algum motivo que lhe leve a pensar na saída do seminário, ou no abandono de seus votos, e no caso dos sacerdotes, abandono do seu ministério.

Eu ainda na qualidade de seminarista, já vivi vários momentos de crise vocacional, diga-se de passagem, que uma delas me tirou uma vez do seminário, no qual entrei em 2007 e saí no mesmo ano. Hoje vivendo a carismas de São José Manyanet na Congregação Filhos da Sagrada Família Jesus Maria e José, sinto a fortaleza de ser acolhido nos braços maternos de Maria e estar na proteção paternal de José, porém, os momentos de crise sempre batem a porta, momentos que sou confortado pela Santa Virgem e pelo Santo carpinteiro, e é lógico, pelo nosso irmão e Senhor, Jesus.
A vocação é algo muito complicado. Certa vez em uma entrevista que concedi ao blog Oficial, disse que não a quem entenda a cabeça de um seminarista, e de fato, como alguém vai compreender a cabeça deste, se ele mesmo não consegue se achar? A vocação a vida religiosa tem seus altos de baixos, e nós chamados a essa vocação devemos lidar com os momentos de tormenta, mas como? É uma boa pergunta que sinceramente não sei responder, apenas me esforço para tentar supera-las. O método no qual eu aconselho é simples, mas eficaz: O poder da oração. A oração é a grande arma daquele que tem fé em Deus e em Cristo nosso Salvador. Mas em um lugar nós encontramos a força que reanima nossa vocação, eu gosto de chamar este local de “Manto da Mãe de Deus”. É aonde encontro forçar, e tenho certeza que deve haver um lugar para você neste Manto de amor. Faça a experiência, vale a pena.
Agora é continuar a caminhar para a vocação perdurar.
Que a Sagrada Família te ilumine, e não se esqueça que você não está sozinho, que a sua vocação esta sendo acompanhada de perto por alguém especial.

Cesar da Rocha Pires
Seminarista da Congregação Filhos da Sagrada Família Jesus Maria e José

Fonte: Net

terça-feira, 14 de dezembro de 2010

VOCACIONADO FERNANDES

Sou Fernandes, moro em Votuporanga desde que nasci, interior de São Paulo. Tenho 24 anos, quase 25 em breve..rs E estou no último ano do curso de Publicidade e Propaganda na Unifev - Centro Universitário de Votuporanga.

Sou comunicador desde os meus 20 anos quando tomei gosto pela comunicação, fiz o meu primeiro curso de informática e desde então não parei mais. Tenho vários cursos de comunicação, jornalismo, oratória entre outros, mas o que me deixa feliz são os cursos que fiz sobre a juventude.

É a partir daqui que começo minha história de evangelização.
Aos 15 sou crismado na paróquia Santa Joana Princesa em 2000, e no final deste mesmo ano começo a participar do grupo de jovens da Pastoral da Juventude na minha comunidade que fica por um ano e meio. Depois vou para a Igreja Santa Joana ajudar os coordenadores do grupo de base e assim começo minha vida dentro da Igreja.

Aos 20 anos já estou engajado nos grupos de jovens e foi quando pensei pela primeira vez a respeito da vocação. Mas não pensava em ser padre tão já, e fui fazer faculdade, festas, amigos e trabalho. Um dia fazendo um curso em São Paulo no Pio XI, conheci a estátua de Dom Bosco e perguntei para uma freira quem era aquele santo que eu desconhecia e ela prontamente me explicou quem era ele, o que ele fez pela juventude e tive o contato visual com os padres salesianos que estavam na casa enquanto acontecia o curso do CDL.

Chegando em casa, entrei no site da Inspetoria e escrevi para a Pastoral Vocacional. Em menos de uma semana o Pe. Cássio me respondeu e fez o primeiro contato, eu fiquei feliz e falei que iria fazer o encontro vocacional. Mas não pude ir devido ao meu namoro repentino, paixão e tal, que acabou rapidamente. E continuei a fazer faculdade e trabalhando com os jovens, foi quando pensei em novamente entrar em contato, e comecei namorar novamente, que durou um pouco mais.

Terminando o namoro devido a falta de tempo e ao meu serviço com os jovens. Fiquei um tempo para pensar e trabalhar e foi quando entrei em contato novamente via e-mail e o Pe. Toninho me respondeu falando que haveria uma semana missionária vocacional em Piracicaba e eu estava convidado a participar.

Desde então que fiz a experiência na semana missionária, não parei mais. Participo de quase todos encontros vocacionais, fiz várias missões com os Salesianos, retiros, troco idéias com os padres que fui conhecendo, fora os contatos que fui fazendo, os amigos e irmãos de caminhada que fui ganhando.
E aos poucos fui conhecendo mais os Salesianos, a vida de Dom Bosco, os Santos Salesianos e mbém visitando as casas de formação, os colégios, a faculdade, Igrejas salesianas e assim vou discernindo a minha vocação.
Acredito muito que Deus age na vida das pessoas e que elas podem mudar o mundo sim, se não der que seja ela mesmo. E também acredito que quando ele nos chama, de uma certa forma respondemos ao seu chamado de forma tranquila, serena e talvez ansiosa como estou ultimamente. Pois é muito legal e gratificante poder estar servindo a Deus, e santificar a vida em prol a juventude é mais gratificante ainda.
Espero espelhar muito na vida de Dom Bosco e de Pe. Rua, que Deus me dê sabedoria e paciência e que meus futuros irmãos possam somar comigo na evangelização da juventude, pois o melhor de tudo isso é a certeza que sempre estaremos em família.
Abraços fraternos.
Fernandes

sábado, 27 de novembro de 2010

O PADRE

'O PADRE SÓ PODE SER PLENAMENTE COMPREENDIDO À LUZ DA FÉ. E A FÉ É SEMPRE MAIS DO QUE UMA SÍNTESE TEOLÓGICA'.
(Card. Danneels)

segunda-feira, 22 de novembro de 2010

terça-feira, 2 de novembro de 2010

TESTEMUNHO VOCACIONAL

1. Sem. Luan Saldanha, de qual diocese você provém?

R- Provenho da Paróquia São Roque na cidade de Serrolândia/BA, que pertence a Diocese de Bonfim, da qual, faço parte e trabalharei como sacerdote, se assim Deus dispuser em sua bondade.

2. Quantos anos você tem?
R- Nasci no dia 12 de janeiro de 1991. Tenho 19 anos.
3. Como se deu o seu despertar vocacional?
R- O meu Pai, em sua juventude, como bom cristão católico, enxergou entre outras possibilidades, o sacerdócio como um meio de servir a Jesus e a Igreja, abriu seus ouvidos para que o Senhor falasse e permitisse um discernimento sobre sua vocação. Após alguns encontros vocacionais, percebeu que não era esse o caminho que Deus lhe propunha. Minha mãe por sua vez, teve parecida experiência e desejava ardentemente consagrar-se a Cristo através da vida religiosa. Depois de algum tempo de acompanhamento junto a congregações religiosas, o Senhor também a fez perceber que a sua vocação era na verdade o matrimonio. Por desígnio de Deus, constituíram uma família, gerando dois filhos: Eu, e depois de um ano o segundo filho, desta vez uma menina. Não podendo ser diferente, educou-nos na fé da Igreja, a partir dos princípios e valores do evangelho. Com pouco menos de um mês de vida, fui introduzido na família de Deus pelo Batismo. Fui deste modo, crescendo na fé e no amor a Nossa Senhora, à Igreja e principalmente à Eucaristia que sempre teve lugar privilegiado, sendo o centro da nossa vida em família, bem como, a recitação do terço além de um assíduo trabalho pastoral na paróquia. Nesse contexto familiar, fui encorajado a me doar sempre mais pela Igreja, encontrando na vida pastoral um grande valor humano e espiritual. Fui crescendo sem jamais abandonar a fé, e como boa parte dos vocacionados, brincava de celebrar Missas, promover procissões e etc. Com isso, surgia inevitavelmente o sonho de tornar-me sacerdote para mais eficazmente ajudar o Reino de Deus a crescer. Contudo, abandonei essa idéia na adolescência, embora continuasse a ter uma vida ativa na comunidade. No entanto, a vontade de Deus sempre prevalece, Ele nos atrai e seduz, assim foi comigo: Na medida em que o tempo passava, o desejo de consagrar-me ao Senhor foi crescendo e se tornando sempre mais intenso. Junto com outros jovens e demais paroquianos, fundamos um grupo de oração da Renovação Carismática em nossa paróquia, o que serviu efetivamente para gerar um renovado ardor e desejo de abraçar com radicalidade a causa do evangelho. E assim se fez! Depois de muito rezar, assim que terminei o ensino médio, acompanhado pelos padres responsáveis pela pastoral vocacional em minha Diocese e apoiado pela família e amigos, ingressei no seminário propedêutico Bom Pastor na Diocese de Bonfim/BA, sendo que depois de um ano, nosso Bispo Dom Francisco Canindé nos enviava para o seminário Maria Mater Ecclesiae do Brasil.

4. Como é estar no Mater Ecclesiae?
R- Um verdadeiro desafio! Uma constante busca pelo cumprimento da vontade de Deus e incessante esforço para enxergar em tudo a dimensão formativa e sobrenatural de cada atividade.

5. Qual ponto da formação mais lhe toca?
R- A vida espiritual. Na mesma proporção de importância é o desafio da fidelidade na vida de oração e no crescimento da intimidade com Deus, que se dá também, pelo exercício da responsabilidade, formação da vontade e acima de tudo no amor à vocação e, sobretudo ao Cristo.

6. O que você espera do seu Sacerdócio?
R- Que meu ministério seja permeado pelo amor a Cristo que é O caminho, A verdade e A vida. Que o amor a verdade seja sempre crescente, e que nunca se perca ao longo da minha história o verdadeiro sentido do ser sacerdote: aquele que “realiza o sacrifício eucarístico fazendo as vezes de Cristo e oferece-o a Deus em nome de todo o povo;” (Lumen Gentium).

7. O que mais gosta do seminário?
R- A possibilidade de estar sempre mais perto de Deus por meio dos sacramentos, além de outros meios oferecidos que facilitam o nosso amadurecimento enquanto cristãos, acima de tudo. Outro aspecto que muito me alegra é poder conviver com outros jovens que participam das mesmas aspirações, além de estar perto de pessoas de diversos lugares e culturas o que proporciona um conhecimento maior do outro e dos costumes de vários estados do país.

8. Qual é o maior desafio de um seminarista no seguimento da própria vocação?
R- Não esquecer a meta: Jesus! Por conta dos mais diversos desafios e dificuldades não é difícil perder-se da meta. É preciso renovar diariamente o “Sim”, tratando todos os obstáculos com sobriedade e acolhendo as conseqüências do chamado com amor e prontidão.

9. O que você pode dizer da formação intelectual oferecida pelo seminário?
R- A formação intelectual é aspecto indispensável para um ministério sacerdotal eficaz. No seminário Maria Mater Ecclesiae, esta dimensão da formação tem também especial atenção, o que ajuda o seminarista a amadurecer enquanto pessoa e a estar inserido em todos os campos da sociedade para uma evangelização sólida e comprometida com A verdade.

por Sem. Luan Saldanha

fonte: Net

sexta-feira, 15 de outubro de 2010

VIDA

VIDA,
DOM DE DEUS!
OBRIGADO SENHOR!
OBRIGADO FAMÍLIA
OBRIGADO!!!
LOUVADO SEJA DEUS PELA MINHA VIDA!

quinta-feira, 14 de outubro de 2010

Vocação sacerdotal e profissão

Vivenciamos o Ano Sacerdotal numa oportunidade especial para que cada presbítero renove seu propósito interior, assumido no dia de sua ordenação sacerdotal. Nas intenções do Papa Bento XVI, o alvo a ser atingido é aquele vivido pelo patrono dos padres, São João Maria Vianney, o Cura d’Ars, na disponibilidade e entrega total de si mesmo.
A vida sacerdotal teve um caminho diversificado nos vários momentos da história. Podemos destacar os inícios da Igreja, a Idade Média e os tempos modernos. No primeiro caso, o ministério sacerdotal estava mais em sintonia com a comunidade. No segundo momento, dominava o clericalismo extremo. Na nova cultura, há uma tendência muito secularista.
O que se observa hoje é um grande desgaste na identidade sacerdotal, tendo como atitudes os sinais de fidelidade e de mediocridade. Dentro das críticas da cultura hodierna, que observa um lado obscuro da vida clerical, falamos de vocação e de profissão. São dois caminhos de realização humana e distintos nos seus reais objetivos.
Quem se sente realmente vocacionado para a vida sacerdotal, tê-la como profissão não se satisfaz. A vocação supera o simples caminho profissional. Ela exige mais entrega de si mesma, de dedicação, empenho e sacrifício. O seu caráter tem mais sentido de perenidade e dimensão definitiva. Vocação é serviço, é ser servo de todos e é dom do Espírito.
Como dom de Deus, a vocação deve corrigir, em todos os presbíteros, o simples acento funcionalista. O padre não pode ser funcionário do sagrado, principalmente por saber que a vocação brota do coração, da sua própria identidade, que ultrapassa, em muito, uma simples profissão ou funcionalismo do altar.
O bom profissional busca suas habilidades participando daquilo que o capacita para agir. Para isso há os cursos de “qualidade total” com requinte de perfeição. A qualidade do sacerdote vem de sua experiência de vida com Deus. Sem isso, a ação do padre não passa de uma profissão e perde sua força missionária.
A tônica da Igreja é o povo de Deus, de onde surgem as vocações para a vida sacerdotal. Podemos dizer que a vocação nasce do povo e é colocada a serviço desse mesmo povo. Na nova cultura, todo padre corre o risco de cair na superficialidade, na cultura da imagem, não dando mais sentido aos símbolos.
A estética, a aparência e os exteriorismos, também litúrgicos, reforçam a infecundidade do ministério sacerdotal. A mídia é importante, atrai multidões, encanta as pessoas, mas exalta muito o aspecto individualista do cristão. Nem sempre consegue integrar as pessoas na vida comunitária.
Ao falar de encontro pessoal com Jesus Cristo, de conversão e de discípulos missionários, a Igreja revela sua preocupação com a identidade dos cristãos. Não adianta dizer “Senhor, Senhor”. É preciso agir com vocação alimentada no seguimento do Mestre, com convicção e propósitos firmes.
A partir de tudo exposto, fazendo uma total revisão nas nossas atitudes de vocacionados, podemos dizer que o Ano Sacerdotal poderá atingir os objetivos almejados. Como sacerdotes, deixaremos de ser simples profissionais, para ser imagem do Cristo Sacerdote na construção do povo de Deus.

Dom Paulo Mendes Peixoto

Bispo de São José do Rio Preto

domingo, 19 de setembro de 2010

VOCAÇÃO SACERDOTAL, UM CHAMADO DE DEUS

Eu considero que a primeira reflexão deve ser sobre o caráter estritamente sobrenatural do chamado de Deus: foi Ele quem tomou a iniciativa sobre o novo rumo que as vidas dos vocacionados tomarão. Porque não são os vocacionados que escolheram a Cristo, mas sim foi Cristo quem, de uma maneira especial, escolheu-os para que vão por todo o mundo e levem frutos de santificação e de autêntica vivência cristã, e para que todos os frutos permaneçam como um sinal clarividente da intervenção divina (Cf. Jo 15,16).
A vocação sacerdotal e consagrada se apresenta por isso como uma eleição providente de Deus, profundamente gratuita, imprevista e desproporcionada a nossos cálculos e possibilidades humanas.
A vocação sacerdotal é o maior presente que Deus pode depositar nas almas. Do mesmo modo que chamou Pedro, são Tiago, João... e foi-lhes dizendo: 'Vem e segue-me', um dia Cristo fixou seu olhar em um jovem e disse: 'N., N.,N.,... vem, que eu te farei pescador de homens'. Ninguém respondeu ao sacerdócio por ação humana, mas porque o próprio Cristo no interior de suas almas pronunciou seu nome e os convidou a segui-lo. É um convite a grandes coisas: o que é melhor que ser embaixador do próprio Deus?
Cristo tem necessidade de cada um dos sacerdotes, como teve de Pedro, de São Tiago e de São João. Os sacerdotes são as mãos, os pés, os olhos, a mente, o coração de Jesus Cristo; são os canais e os meios pelos quais Ele vai comunicar-se à humanidade.
Que honra! Que doce o peso que Ele coloca sobre ombros de cada sacerdote: é o peso imponderável da Redenção, na qual se contém a felicidade pessoal e eterna de cada homem.

Chamado que respeita a Liberdade
Deus respeita em sua integridade o homem e quando chama uma alma a seu serviço, em seu solene poder, nem a violenta, nem a intoxica, mas, com a paciência e amor que em sua revelação podemos contemplar em Jesus, deixa-a quase andar à deriva ou ao sabor das circunstâncias normais que trazem consigo esses processos e situações, e que em seus altos e baixos mal controlados poderiam inclusive determinar a decisão fundamental da alma e comprometer seu desígnio.
Há muitos jovens que Deus nosso Senhor preparou amorosamente desde toda a eternidade para que sejam sacerdotes; há muitos jovens que Deus chamou para serem sacerdotes; mas nem todos correspondem ao chamado de Deus, porque o chamado de Deus não implica o esmagamento da liberdade da pessoa humana; Deus sempre deixa a liberdade de seguí-lo ou não segui-lo. Cada jovem chamado ao sacerdócio é livre, absolutamente livre; cada um deles pode responder a Deus: sim ou não.

Chamado que exige uma resposta pessoal
Deus chama a cada jovem ao sacerdócio para que ele responda; chama a cada um, como pessoa. E a resposta a Deus é uma resposta pessoal. Nunca posso me escusar na falta de generosidade dos outros para justificar minhas atitudes. No caso de que os demais não viverem o cristianismo, de não se entregaram com entusiasmo ao trabalho apostólico, eu não tenho nenhum motivo para ficar atrás... Já dizia a Bíblia: 'Ainda que caiam dez mil à tua direita e dez mil à tua esquerda, tu segue adiante'.

Chamado que implica Santidade
A missão de cada sacerdote é clara e precisa: a santidade urgente! Temos por vocação que nos esforçar para adquirir a consciência de que hoje e amanhã ensinaremos nossos irmãos como ser santos. Alter Christus (Outro Cristo): glorificador do Pai e salvador de almas.

Pe. Alexandre Paciolli, LC

sexta-feira, 10 de setembro de 2010

ORAÇÃO PELAS VOCAÇÕES

Senhor da messe

e pastor do rebanho,
faz ressoar em nossos ouvidos
o teu forte e suave convite:
"Vem e segue-me"!
Derrama sobre nós o teu Espírito,
que Ele nos dê sabedoria
para ver o caminho
e generosidade
para seguir a tua voz.


Senhor,
que a messe não se perca
por falta de operários.
Desperta as nossas comunidades
para a missão.
Ensina a nossa vida
a ser serviço.
Fortalece os que querem
dedicar-se ao Reino,
na vida consagrada e religiosa.


Senhor,
que o rebanho
não pereça por falta de pastores.
Sustenta a fidelidade
dos nossos bispos,
padres e ministros.
Dá perseverança
aos nossos seminaristas.
Desperta o coração
dos nossos jovens
para o ministério pastoral
na tua Igreja.


Senhor da messe
e pastor do rebanho,
chama-nos para o serviço
do teu povo.
Maria, Mãe da Igreja,
modelo dos servidores do Evangelho,
ajuda-nos a responder "sim".

Ámen.

quarta-feira, 1 de setembro de 2010

TESTEMUNHO VOCACIONAL

É natural que, adolescentes e jovens em certo momento se perguntem: “Que buscarei para minha vida futura? Que ideais e porque caminhos me convem ir?” Além de investigar nos livros de estudos, certamente muitos deles observam as pessoas concretas como exemplos possíveis de ser imitadas.


A respeito, uma das passagens bíblicas que me impressionam por seu realismo e espontaneidad começa com uma pergunta, segue com um convite e uma breve convivencia. Expressa uma pedagogia eficaz, que respeita profundamente a liberdade de quem procura recorrer seu propio caminho.

- “Que buscais?”, pergunta Jesus a dois jovens, perto do rio Jordão.

O que se le em seguida se pode denominar, com razão, uma “aula de mestre”.
Os jovens de hoje querem saber como vivem os “mestres”, tem interesse em particularidades das pessoas que lhes produzem admiração. No meio desta curiosidade, há uma busca da realidade mesma (coerencia, verdade, sinceridade) do “ídolo” que supera as aparências.
A satisfação de busca destes jovens é mais completa quando o que é “desvelado” o é de maneira personalizada, sem artificios. Justo aí, ocorrem excelentes provas vocacionais: os jovens, que ja nao suportam farisaísmos, sao capazes de rechaçar ou abraçar para sí mesmos este ou aquele modo de vida.
Deus é quem chama e constitui seus ministros para a evangelizaçao e a cura de almas na Igreja. É também claro que “os sinos dos projetos terrenos” são muito forte nos ouvídos dos batizados, obstruindo ou obnubilando muitas vezes a “vox Dei” que está na brisa mansa (1Rs 19,12). Os espaços sociais carecem de silencio, de meditaçao e “sintonía” para escutar o chamado divino; ao menos falta o silêncio interior. Porém Ele, como dono da Vinha, não a abandonará sem operários, Sua generosidade no chamamento se manifesta de múltiplas formas.
No processo de resposta à vocação ministerial não é estranha a presença de um mestre que, muito de perto, é como uma seta indicando a meta. Josué teve a Moisés como mestre, Samuel a Heli, Timoteo a Paulo… e assim por diante. O papa Paulo VI dice que o mundo moderno ouve mais às testemunhas que aos pregadores (E.N). Joáo Paulo II reafirma a importância desse testemunho (PDV. 39), e é este o tema da mensagem de Bento XVI para o dia do Bom Pastor.
Eu tive a graça de contar com uma pessoa equilibrada, simples e orante em meus primeiros passos vocacionais. Ainda adolescente, me dispus a acompanhar-lhe algumas vezes em seus trabalhos de assistência às comunidades. Nestas oportunidades, mais que por suas palavras, me fez ver sua fidelidade e dedicação às pessoas sem esperar nada em troca, sempre disponivel a ouvir e orientar sem arrogancia, sem pressa, sem elucubraçoes… O referido sacerdote, ordenado por Joao Paulo II em 1980, nao sabe o bem que me fez em seus “silencios”, em suas aulas “prácticas”.
Em minhas atividades pastorais como seminarista sempre falei da vocaçao sacerdotal; como reitor do Seminário Menor procurei acompanhar aos vocacionados através de visitas às suas familias, colegios e paróquias. Hoje -suponho- haverá algum deles (sacerdotes) para o qual aquelas visitas terao tido un significado positivo em sua decisao, mais que minhas palavras.
Evidentemente há muitos modos de chamamento ao sacerdocio ministerial, mas este processo, por assim dizer, “personalizado”, é evidente nas Sagradas Escrituras, e um dos mais eficazes na Historia da Igreja, até o dia de hoje. Se há sacerdotes que nao vivem sua vocaçao, muitos mais sao os que a vivem com intensidade de amor indiviso.

Creio que, nós sacerdotes, nao devemos aparecer como uns “desencarnados” da realidade, angélicos ou artistas: fizemos uma opçao pela qual entregamos a vida, sem temer a transparencia de nossa humanidade, de nossos sentimentos, hábitos e limitaçoes. Em tudo isto também haverá sinais de nossa configuraçao com Jesus Cristo a quem seguimos. O fundamental é que nao nos falte amor e doaçao sincera ao que elegimos como ocupaçao neste mundo (Rm 8,35).
Entao, queremos apresentar nossa “casa” aos jovens que perguntam: “Onde vives?”. Abrimos nossa porta para que vejam de perto em que consiste o “misterio” que envolve nosso “ministerio”: estar no mundo sem ser do mundo. Que descubram eles mesmos a fonte de nossa alegria. Ao menor gesto de interesse, queremos dizer-lhes: “Vinde e vereis”.
Deixaremos que falem nossas açoes, nao nos distanciaremos; nossa vocaçao nao é de “Mito”: em algum momento e sempre, o simulacro desaparece, e fica o que é. Na convivencia com um ou outro jovem, ja nao seremos nós quem falaremos e sim Aquele em quem procuramos nos configurar. E, se algo em nós, mui humano e pouco divino, aparecer nesta aula prática nao será motivo de susto para quem também viveu a circunstancia da debilidade. Nao lhes passará despercebido nosso empenho na “messe” e, sobretudo, o encantamento que dedicamos ao Senhor. E além disso, o Espírito Santo –protagonista maior- fecundará a boa semente nos jovens que buscam definir suas futuras ocupaçoes.
Pe. Crésio Rodrigues

FONTE: Net.